7 lugares no Brasil para curtir o inverno sem gastar muito

O calor intenso ainda predomina em quase todo o Brasil, fazendo quem ama o verão curtir muito sol e atividades ao ar livre, e quem odeia estar contando os minutos para o começo do outono. É, provavelmente ainda temos um tempinho de calor intenso, mas dá para começar a organizar uma viagem refrescante para os meses mais frios do ano!

A maior parte do Brasil não apresenta temperaturas baixas no inverno, mas, principalmente no sul e no sudeste, dá para pegar um friozinho gostoso (por vezes bem intenso e nada gostoso 😂). Então separei algumas dicas de lugares para curtir o frio no Brasil e, é claro, sempre pensando em um orçamento mochileiro e dando ótimas dicas de hostels.

1 – Serra Gaúcha (RS)

📷@analu_psp

A Serra Gaúcha é um dos maiores destinos turísticos do Brasil, recebendo viajantes especialmente nos meses de julho e agosto pelas baixas temperaturas. Enquanto Gramado é mais turística e com diversas opções de hospedagem e alimentação, outras cidades da região, como Bento Gonçalves, podem ser mais rústicas e com preços mais amigáveis.

O ideal para o mochileiro econômico que visita a região é focar menos nos programas turísticos padrões e mais nas atividades ao ar livre – e existem muitas! Em Canela, vizinha de Gramado, e nos entornos de Bento, as opções vão de cachoeiras e rios a cânions e estradas cercadas por montanhas verdes.

Alugando um carro em Porto Alegre fica fácil de chegar à Serra e explorar bastante a região, mesmo em uma viagem de final de semana. Quem quiser investir um pouco mais na viagem pode curtir o Snowland, um parque temático com neve, esqui e atividades divertidas.

  • Como é no inverno: neve vai ser difícil de pegar, visto que é raro, mas geadas e temperaturas próximas ou abaixo de zero são frequentes e dão todo um clima especial para a região, fazendo aquele fondue com vinho tinto ser essencial!
  • Dicas de hostel: Gramado: Hostel Britânico (a partir de R$45, um pouco afastado do centro), Hostel Chocolatche (a partir de R$60, na rua principal); Bento Gonçalves: Thiany (a partir de R$45, no centro).

2 – Ouro Preto (MG)

📷 iamigerbase

Ouro Preto é um dos 8 destinos mais mochileiros do Brasil e um lugar possível de se visitar o ano inteiro. No inverno, porém, o vilarejo fica ainda mais especial: além do clima frio que combina com as montanhas que o cercam, recebe o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, evento com atrações temáticas e apresentações musicais de alto nível.

Entre muito pão de queijo quentinho e aquela comida campeira “de lamber os beiço”, dá para visitar diversos lugares impressionantes pela cidade – e tudo a pé! Os museus (como o da Inconfidência e o Casa dos Contos) e as inúmeras igrejas (como a de São Francisco de Assis e a Basílica Matriz de Nossa Senhora do Pilar) são as atrações mais famosas.

E não dá para deixar de visitar uma antiga mina! Caminhando entre as pedras aprende-se muito sobre o ouro levado por Portugal e a escravidão que, muitas vezes dentro dessas próprias minas, ceifou milhares de vidas em Ouro Preto.

  • Como é no inverno: além das temperaturas mais baixas (a média fica em torno dos 15°C, com noites em torno dos 9°C), o festival temático e as montanhas deixam Ouro Preto bem convidativa no inverno.
  • Dicas de hostel: Trilhas De Minas Hostel (a partir de R$35, central e com café da manhã delicioso incluso) e Goiabada com Queijo Hostel (a partir de R$30, central e super aconchegante).

3 – Tiradentes (MG)

📷@luiz.masca

Similar a Ouro Preto, Tiradentes também é um vilarejo de ruelas de pedra cheias de coloridas casinhas coloniais. O diferencial? É menor, mais calma e com ladeiras menos íngremes e numerosas, sendo assim um destino ainda mais calmo e fácil de ser explorado do que a sua “parente” mais famosa Ouro Preto.

É ideal para um pulinho de final de semana e, no inverno, tem temperaturas baixas perfeitas para relaxar nas praças e parques ou para caminhada noturna pelos entornos do hostel. Além de diversas construções históricas, igrejas e museus, Tiradentes é famosa pela venda de antiguidades e artesanatos de ótima qualidade.

Não deixe de dar uma passadinha na Estação Ferroviária de Tiradentes: você vai se sentir em um filme de época e o visual bucólico rende ótimas fotos!

  • Como é no inverno: com temperatura média entre os 16°C, fica mais fria à noite e pela manhã. Ideal para comer bastante nos deliciosos restaurantes do vilarejo e, é claro, caminhar ao livre.
  • Dica de hostel: Hostel Tiradentes (a partir de R$60, bem no estilo casa de família e com uma piscina perfeita para quem for no verão).

4 –  Poços de Caldas (MG)

Talvez você nunca tenha ouvido falar de Poços de Caldas, cidade mineira localizada a 260 km da capital paulista – então vamos corrigir esse erro agorinha! Essa pequena cidade na fronteira com São Paulo guarda cachoeiras, trilhas e vistas incríveis para quem quer aventura, e banhos termais, construções históricas e charmosos cafés para quem quer relaxar.

A volumosa Cachoeira Véu das Noivas é uma das principais atrações da cidade, sendo de fácil acesso e com um deck de observação. Também não dá para deixar de visitar o Instituto Moreira Salles Poços, o primeiro do grupo e que traz muitas exposições interessantes para a cidade, e o Parque José Affonso Junqueira, local bem cuidado e cheio de recantos.

Outra atração de muita calmaria é o Recanto Japonês, jardim com construções e fontes em estilo japonês e cercado por mata nativa. Já o antigo teleférico sai do centro da cidade e ostenta um encantador visual retrô.

  • Como é no inverno: a temperatura média em Poços de Caldas fica em torno dos 15°C no inverno e, por estar cercada de bastante natureza, tem um ar bem refrescante, principalmente nos passeios pelas montanhas.
  • Dica de hostel: Hostel Travessia (a partir de R$70, novinho e bem cuidado).

5 – Curitiba (PR)

📷@guidocarol

A capital paranaense é conhecida pelas temperaturas especialmente baixas, às vezes até surpreendendo visitantes que não trouxeram um casaco mais quente na mala. A partir de maio, os termômetros caem e um ventinho frio percorre as ruas. Além de preços mais baratos que muitas capitais brasileiras, a oferta de hostels em Curitiba é diversificada e de alta qualidade.

As atrações são também amigáveis ao mochileiro, sendo muitas gratuitas ou baratas. O Jardim Botânico (casa da estufa que é cartão-postal da cidade), a Ópera de Arame (instigante construção no local de uma antiga mina) e o Museu Oscar Niemeyer (um dos museus mais incríveis do Brasil) são imperdíveis.

Locais relacionados à imigração europeia no Brasil (como o Bosque Alemão e os memoriais ucraniano e polonês) e o diferente Parque Tanguá (construído no desnível de uma mina desativada) também merecem uma visita. Aos domingos, o centro histórico vira palco da Feira do Largo da Ordem, com muitas banquinhas descoladas e comidas deliciosas.

  • Como é no inverno: mesmo não sendo a capital mais ao sul, as temperaturas médias de Curitiba no inverno são as mais baixas entre as capitais do país, transformando bastante a vida na cidade.
  • Dicas de hostel: Curitiba Casa Hostel (a partir de R$46, em bairro residencial e com vibe casa da família) e Hostel Matilda (a partir de R$38, bem no centro e moderno).

6 – Pelotas (RS)

Uma cidade que une atrações históricas, ruelas charmosas, construções coloniais e doces INCRÍVEIS. Esse cantinho especial existe, se chama Pelotas, fica no sul do Rio Grande do Sul e é um ótimo destino para quem gosta de frio e aconchego. Conhecida pelos “doces de Pelotas”, une um centro histórico cheio de atrativos a belos entornos de natureza, seja nas fazendas (como a Charqueada São João, que dá para visitar) ou em torno da Lagoa dos Patos.

Entre as principais atrações de Pelotas estão as catedrais (a Catedral Metropolitana de São Francisco de Paula e a Catedral Anglicana do Redentor), as praças bem cuidadas (como a Praça Coronel Pedro Osório) e as construções históricas (o Grande Hotel de Pelotas, o Museu da Baronesa e o Theatro Sete de Abril).

A bela Fonte das Nereidas, importada da França no século 19 e localizada na praça mencionada acima, tornou-se um símbolo da cidade e merece uma longa apreciação. O Café Aquários é outro marco de Pelotas: existe desde 1942 (até 1970 com outro nome) e nunca perdeu a qualidade!

  • Como é no inverno: Pelotas apresenta temperaturas baixas no inverno (média de 13°C) e o chamado “vento minuano”, uma corrente de origem polar que ocorre no sul do Brasil e que só quem já sentiu na pele sabe o frio na espinha que dá!
  • Dica de hostel: Hello Hostel Design (a partir de R$42, no centro e de alto nível).

7 –  Blumenau (SC)

📷@isabellefecury

Santa Catarina não poderia deixar de fazer parte dessa lista, e Blumenau é uma representante para lá de especial. Localizada a 150 km de Floripa, é uma das cidades do sul do Brasil que mais demonstra a sua colonização alemã, com algumas partes que poderiam muito bem ser confundidas com vilarejos da Alemanha.

Como não poderia deixar de ser em uma cidade de colonização alemã, Blumenau é conhecida por suas cervejas e é casa de uma das maiores Oktoberfests do Brasil (por vezes o clima ainda está frio na época da festa!). O legal por aqui é passear pelo Parque Vila Germânica (local que concentra o maior número de casas no estilo alemão), comer muitas delícias típicas, provar as mais diversas cervejas e, é claro, relaxar bastante.

  • Como é no inverno: a temperatura média em Blumenau no inverno fica em torno dos 22°C, o que, combinado com o estilo europeu da cidade, a torna um destino bem divertido para o estação.
  • Dica de hostel: Stammtisch Hostel (a partir de R$72, bairro residencial e vibe familiar).

E você, para onde gosta de viajar no inverno? Conta para a gente nos comentários! 👇

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📚 Sobre a Autora 📚

Meu (estranho) nome é Iami, sou formada em jornalismo e fui estagiária do Hostelworld em 2018. Eu amo provar comida de rua, ler na praia e assistir a “Largados e pelados”. Lugar preferido: Praia de Palmas, SC, Brasil. Hostel preferido: Bananas Bungalows, Krabi, Tailândia. Você pode seguir os meus rolês por aí no Instagram @iamigerbase.

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